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Carta de Chico Xavier a Clóvis Tavares, na qual fala de Ubaldi

Pedro Leopoldo, 30 de março de 1950

Estou encantado com a sua dedicação ao nosso abnegado apóstolo de Gubbio. Ele é sempre grande e sublime em meu pensamento. Quando estiver em suas mãos, leve a ele, apesar do oceano que nos separa, sob o ponto de vista espacial, a certeza de nosso carinho e devoção permanentes. Até hoje, não me veio às mãos as paginas que você me prometeu. Refiro-me às “Bem-aventuranças”, de L’Ascessi Mística” e “Paixão” que a sua bondade verteu para a nossa fome de pão espiritual. Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a tradução do pensamento do nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso século. Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes, entre as quais se destaca Sua voz, a voz de nosso Amigo Celestial. Todos os nossos estudos sobre mediunidade são ainda nascentes. E a radiofonia com a televisão podem dar-nos idéia do que acontece com a mente do nosso admirável Ubaldi quando, convertida em receptor sublime se identifica com a emissora do mestre, através de ondas potentes, certo, apenas perceptivas à sensibilidade e ao poder que soa peculiares a ele, apóstolo exilado em sacrifício demorado a favor do progresso humano. Muito me comove a solicitação dele no que se reporta à possibilidade de minhas mãos receberem alguma palavra que nos fale sobre a sua gloriosa missão de amor e renúncia. Não acha você que isso é o mesmo que um luzeiro resplandecente pedir claridade a um pirilampo? De qualquer modo, porém, algo procurarei obter e se nossos Amigos Espirituais me atenderem ao desejo, escreverei a você, tão logo isso se verifique.

Tudo o que você puder me enviar de Ubaldi ser-me-á um grande conforto. Todas as notícias e trabalho dele são por mim esperados com ansiedade...

Chico

Do livro Sal da Terra, de Clóvis Tavares