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Temos novos artigos: Carta Aberta em Defesa de A Grande Síntese. "Medicina da Queda", artigo de Gilson Freire. E a mensagem de despedida dos brasileiros, proferida por Ubaldi em São Paulo, 1951.

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Texto de José Amaral (retirado do livro Grandes Mensagens)

 

Pietro Ubaldi, filho de Sante Ubaldi e Lavínia Alleori Ubaldi, nasceu em 18 de agosto de 1886, às 20h30. Ele escolheu os pais e a cidade onde iria nascer, Foligno, Província de Perúgia (capital da Úmbria). Foligno fica situada a 18Km de Assis, cidade natal de Francisco de Assis. Até hoje as cidades franciscanas guardam o mesmo misticismo legado pelo grande “poverelo” de Assis, que viveu para Cristo, renunciando os bens materiais e os prazeres deste mundo.

 

Pietro Ubaldi sentiu desde a sua infância uma poderosa inclinação pelo franciscanismo e pela Boa Nova de Cristo. Não foi compreendido, e nem poderia sê-lo, porque seus pais viviam felizes com a riqueza e com o conforto proporcionado por ela. A senhora Lavínia era descendente da nobreza italiana, única herdeira do título e de uma enorme fortuna, inclusive do Palácio Alleori Ubaldi. Assim, Pietro Alleori Ubaldi foi educado com os rigores de uma vida palaciana.

 

Não pode ser fácil a um legítimo franciscano viver num palácio. Naturalmente, ele sentiu-se deslocado naquele ambiente, expatriado de seu mundo espiritual. A disciplina no palácio, ele aceitou-a facilmente. Todos deveriam seguir a orientação dos pais e obedecer-lhes em tudo, até na religião. Tinham que ser católicos praticantes dos atos religiosos, realizados na capela da Imaculada Conceição, no interior do palácio. Pietro Ubaldi foi sempre obediente aos pais, aos professores, à família e, em sua vida missionária, a Cristo. Nem todas as obrigações palacianas lhe agradavam, mas ele as cumpriu até a sua total libertação. A primeira liberdade se deu aos cinco anos, quando solicitou a sua mãe que o mandasse à escola, e aquela bondosa senhora atendeu ao pedido do filho. A segunda liberdade, verdadeiro desabrochamento espiritual, aconteceu no ginásio, ao ouvir do professor de ciência a palavra “evolução”. Outra grande liberdade para o seu espírito foi com a leitura de livros sobre a imortalidade da alma e reencarnação, tornando-se reencarnacionista aos 26 anos. Daí por diante, os dois mundos, material e espiritual, começaram a fundir-se em um só. A vida na Terra não poderia ter outra finalidade, além daquelas de servir a Cristo e ser útil aos homens.

 

Pietro Ubaldi formou-se em Direito (profissão escolhida pelos pais, mas jamais exercida por ele) e Música (oferecimento, também, de seus genitores), fez-se poliglota autodidata, falando fluentemente Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e Português; conhecendo bem, ainda, o Latim. Mergulhou nas diferentes correntes filosóficas e religiosas, destacando-se como um grande pensador cristão em pleno século XX. Ele era um homem de cultura invejável, o que muito lhe facilitou o cumprimento de sua missão. A sua tese de formatura na Universidade de Roma foi sobre “A Emigração Transatlântica, Especialmente para o Brasil”, muito elogiada pela banca examinadora e publicada num volume de 266 páginas pela Editora Ermano Loescher Cia. Logo após a defesa dessa tese, o Sr. Sante Ubaldi lhe deu como prêmio uma viagem aos EUA ., durante seis meses.

 

Pietro Ubaldi casou-se com vinte e cinco anos, a conselho dos pais que escolheram para ele uma jovem rica e bonita, possuidora de virtudes e fina educação. Como recompensa pela aceitação e escolha, seu pai transferiu para o casal um patrimônio igual àquele trazido pela senhora Maria Antonieta Solfanelli Ubaldi. Este era, agora, o nome da jovem esposa. O casamento não estava nos planos de Ubaldi, somente justificável porque fazia parte de seu destino. Ele girava em torno de outros objetivos: o Evangelho e os ideais franciscanos. Mesmo assim, do casal Maria Antonieta e Pietro Ubaldi nasceram três filhos: Vicenzina (desencarnada aos dois anos de idade, em 1919), Franco (morto em 1942, na 2° Guerra Mundial) e Agnese (falecida em São Paulo em 1975).

 

Aos poucos, Pietro Ubaldi foi abandonando a riqueza, deixando-a por conta do administrador de confiança da família. Após 16 anos de enlace matrimonial, em 1927, por ocasião da desencarnação de seu pai, ele fez o “voto de pobreza”, transferindo à família a parte dos bens que lhe pertencia. Aprovando aquele gesto de amor ao Evangelho, Cristo lhe apareceu. Isso para ele foi a maior confirmação à atitude tão acertada. Em 1931, com 45 anos, Pietro Ubaldi assumiu uma nova postura, estarrecedora para seus familiares: a renúncia fransciscana. Daquele ano em diante iria viver com o suor do seu rosto e renunciava todo o conforto proporcionado pela família e pela riqueza material existente. Fez concurso para professor de Inglês, foi aprovado e nomeado para o Liceu Tomaso Campailla, em Módica, Sicilia - região situada no extremo sul da Itália - onde trabalhou somente um ano letivo. Em 1932 fez outro concurso e foi removido para a Escola Média Estadual Otaviano Nelli, em Gúbio, ao norte da Itália, mais próximo da família. Nessa urbe, também franciscana, ele trabalhou durante 20 anos e fez dela a sua segunda cidade natal, vivendo num quarto humilde de uma casa pequena e pobre (pensão do casal Norina-Alfredo Pagani - rua del Fiume, n° 4), situada na encosta da montanha.

 

A vida de Pietro teve quatro períodos distintos (v. livro “Profecias” - “Gênese da II Obra”): dos 5 aos 25 anos - formação física e cultural; dos 25 aos 45 anos - maturação interior, espiritual, na dor; dos 45 aos 65 anos - Obra italiana (produção conceptual); dos 65 aos 85 anos - obra brasileira (realização concreta da missão).

 

O MISSIONÁRIO

 

Na primeira semana de setembro de 1931, depois da grande decisão franciscana, Cristo novamente lhe apareceu e desta vez acompanhado de Francisco de Assis. Um à direita e outro à esquerda, fizeram companhia a Pietro Ubaldi, durante vinte minutos em sua caminhada matinal, na estrada de Colle Umberto. Estava, portanto, confirmada sua posição.

 

Em 25 de dezembro de 1931, chegou-lhe, de improviso, a primeira mensagem: “Mensagem de Natal”. Por intuição ele sentiu: estava aí o início de sua missão. Outras mensagens surgiram em novas oportunidades. Todas com a mesma linguagem e conteúdo divino.

 

No verão de 1932, começou a escrever “A Grande Síntese”, que só terminou em 23 de agosto de 1935 as 23 horas. Esse livro com 100 capítulos, escrito em quatro verões sucessivos, foi traduzido para vários idiomas. Somente no Brasil já alcançou 16 edições. Grandes escritores do mundo inteiro opinaram, favoravelmente, sobre “A Grande Síntese”. Ainda outros compêndios, verdadeiros mananciais de sabedoria cristã, surgiram nos anos seguintes, completando os dez volumes escritos na Itália:

Grandes Mensagens
A Grande Síntese
As Noúres
Ascese Mística
História de Um Homem
Fragmentos de Pensamento e de Paixão
A Nova Civilização do 3° Milênio
Problemas do Futuro
Ascensões Humanas
Deus e Universo
  
 

Com esse último livro (Deus e Universo), Pietro Ubaldi completou a visão teológica, além de profundos ensinamentos no campo da ciência e da filosofia. “A Grande Síntese” e “Deus e Universo” formam um tratado teológico completo que se encontra ampliado, esclarecido mais pormenorizadamente, em outros volumes escritos na Itália e no Brasil, a segunda pátria de Ubaldi.

 

O Brasil é a terra escolhida para ser o berço espiritual da nova civilização do 3° milênio. Aqui vivem diferentes povos irmanados, independentes de raças ou religiões que professem. Ora, Pietro Ubaldi exerceu um ministério imparcial e universal, e nenhum país seria tão adaptado à sua missão quanto o Brasil. Por isso o destino quis trazê-lo para cá e aqui completar sua tarefa missionária.

 

Nesta terra do cruzeiro do sul, ele esteve em 1951 e realizou dezenas de conferências de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Em 8 de dezembro do ano seguinte desembarcaram, no porto de Santos, Pietro Ubaldi acompanhado da esposa, filha e duas netas (Maria Antonieta e Maria Adelaide), atendendo a um convite dos amigos de São Paulo para vir morar neste imenso país. É oportuno lembrar que Ubaldi renunciou aos bens materiais, mas não aos deveres para com a família, que se tornou pobre porque o administrador, primo de sua esposa, dilapidou toda a riqueza entregue à ele para gerenciá-la.

 

Em 1953, Pietro Ubaldi retornou à sua missão apostolar, continuou a recepção de livros e recebeu a última mensagem - “Mensagem da Nova Era” - em São Vicente, no edifício Iguaçu, na av. Manoel de Nóbrega, n° 686, apto. 92. Dois anos depois transferiu-se, com a família, para o edifício Nova Era (apenas coincidência, nada tendo haver com a mensagem escrita no edifício anterior), praça 22 de janeiro, n° 521, apto. 90. Em seu quarto, naquele apartamento, ele completou sua missão. Escreveu, em São Vicente, a segunda parte da obra, chamada brasileira, porque escrita no Brasil, composta de:

Profecias
Comentários
Problemas Atuais
O Sistema
A Grande Batalha
Evolução e Evangelho
A Lei de Deus
A Técnica Funcional da Lei de Deus
Queda e Salvação
Princípios de Uma Nova Ética
A Descida dos Ideais
Um Destino Seguindo Cristo
Pensamentos
Cristo
  
São Vicente, São Paulo, célula máter do Brasil, foi a terceira cidade natal de Ubaldi. Aquela cidade praiana tem um longo passado na história de nossa pátria, desde José Anchieta e Manoel da Nóbrega até o autor de “A Grande Síntese”, que viveu ali o seu último período de vinte anos. Pietro Ubaldi, o Mensageiro de Cristo, previu o dia e o ano do término de sua obra - Natal de 1971 - com 16 anos de antecedência. Ainda profetizou que sua morte aconteceria logo depois desta data. Tudo confirmado. Ele desencarnou no hospital São José, quarto n° 5, às 0h30, em 29 de fevereiro de 1972. Saber quando vai morrer e esperar, com alegria, a chegada da irmã morte, são privilégios de poucos... O arauto da nova civilização do espírito foi um homem privilegiado.

 

A leitura das obras de Ubaldi descortina outros horizontes a uma nova concepção de vida.

 

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